[k]NOwBODY Lisboa
[k]NOwBODY Lisboa I. workshop de Introdução
30 Julho ("conferência-demonstração" 18h – 21h)
31 Julho – 1 Agosto (11h – 14h / 15h – 19h)
Neste workshop, através de um formato próximo da “conferência-demonstração”, será apresentado o contexto em que este método de trabalho surge e os princípios teóricos que suportam a sua existência. Iremos ainda confrontar o problema da decisão e da criatividade em arte com exemplos de investigações em áreas como a economia, a antropologia, a filosofia, o design, as neurociências, as ciências cognitivas ou as ciências dos sistemas complexos. Grande parte do tempo será dedicado à compreensão dos instrumentos que permitam a compreensão do seu “sistema operativo”. Ou seja, da assimilação da "ferramenta" propriamente dita e das regras e princípios que guiam e suportam a sua prática. Serão promovidas as paragens necessárias para esclarecer dúvidas, repetir conceitos e, mais importante, criar as condições para se poder errar. O erro, a repetição e o feedback serão instrumentos fundamentais para se atingirem os objectivos.
[k]NOwBODY Lisboa II. workshop de Prática
3 – 7 Agosto (11h – 14h / 15h – 19h)
Este workshop será dedicado em exclusivo à prática “pura e dura” do método. À criação de uma “mecânica” que possibilite a incorporação dos conceitos pela via da experiência. Através de exercícios específicos pretende-se promover a fluidez e a velocidade de reacção, quando somos confrontados com eventos inesperados. Gradualmente, a prática do método será sujeita a situações cada vez mais complexas, quer através da redução do tempo de reacção em que as decisões têm que ser tomadas, quer através da quantidade de parâmetros que as condicionam. O erro, a repetição e o feedback continuarão a ser instrumentos fundamentais na relação com os problemas e promover-se-á gradualmente a autonomia e capacidade auto-organizativa do grupo. Este “movimento” acontecerá tanto ao nível da discussão sobre os conteúdos, como ao nível das decisões que estruturam e condicionam a própria prática.
Neste workshop só pode participar quem já esteve presente num workshop de introdução ao método de Composição em Tempo Real.
[k]NOwBODY Lisboa III. workshop de Aplicação
9 – 13 Agosto (11h – 13h / 15h – 19h / 21h - 23h)
Uma vez incorporados os conceitos que suportam a sua existência e encontrada a mecânica da sua prática, importa utilizar o método como um “meio” e não como um “fim”. Ou seja, importa usar os instrumentos na aplicação de problemas e situações concretas. Neste sentido, serão propostos exercícios em ambientes diversos, que exigirão uma relação e um envolvimento com o tempo, o espaço, “o outro” ou o “imaginário”, completamente distintos dos exercícios propostos nos workshops precedentes. Alguns dos contextos de aplicação acontecerão nas interacções que se processam no dia-a-dia em locais públicos e privados; outros terão como universo de referência aquilo que se perde na tradução – tanto num sentido como no outro – entre as imagens (mentais, visuais e motoras) e a linguagem (convencionada, gráfica ou gestual); mas as mais importantes partirão das propostas e interesses dos próprios participantes. No fim do dia, entre as 21h e as 23h, haverá um momento onde os participantes poderão apresentar fragmentos das suas experiências resultantes da aplicação deste método. Na discussão dos resultados de cada experiência, poder-se-á aferir as mais valias e as reais implicações que esta forma de decidir e de gerar soluções criativas propõe.
Neste workshop só pode participar quem já esteve presente num workshop anterior de Composição em Tempo Real.
PÚBLICO ALVO
Pode participar nestes workshops qualquer pessoa de qualquer área artística e científica ou ainda que desenvolva uma actividade que se relacione, de uma forma ou de outra, com o enunciado deste workshop. Não sendo exigida à partida qualquer formação especializada, é preciso ter em mente (e tendo em consideração o “sistema operativo” deste trabalho), que será através da “experiência física” e partilhada de uma decisão que os conceitos discutidos serão incorporados com maior ou menor eficácia. Por outro lado, o corpo que “incorpora” tanto pode ser aquele que faz, como aquele que observa, não existindo nesta prática uma verdadeira distinção entre ambos. Nesta mesma lógica de raciocínio, este processo também não distingue o trabalho de investigação da actividade artística, não havendo por isso uma diferença fundamental entre teoria e prática.